segunda-feira, 18 de agosto de 2008


Queridos;

Somente hoje, dia l8, chegamos na cidade e conseguimos acessar nosso e-mail, pois temos ficado mais tempo na aldeia, uma vez que a nossa casa está habitável e precisamos gastar tempo com o povo para aprender a língua e observar os costumes.
Graças a Deus as estradas estão um pouco melhor mas o areião dificulta as idas e vindas.
Nestas últimas semanas ocorreram óbitos e fomos convocados a fazer viagens à cidade para buscar comida para os parentes do morto que vieram de outras aldeias.Pela primeira vez observamos um funeral kraho, muito diferente do nosso, mas também cheio de sincretismo.
Nestes últimos dias estamos sendo pressionados a sermos batizados conforme os costumes tribais para que tenhamos um nome e sejamos aceitos culturalmente. Parece fácil, mas não é. Aqui, quem se batiza é quem tem que suprir comida para os convidados , e a exigência é: um boi inteiro, um fardo de arroz, farinha, café, açucar, sal, óleo, temperos e quatro cortes de pano para cada um de nós: sendo cada corte de dois metros.O custo disto é alto e pedimos que orem a respeito, principalmente porque envolve relacionamentos diretos, isto é, faremos parte de um dos clãs.
Orem :
- para que tenhamos sabedoria de Deus para aprendermos a língua e a cultura;
- pelo andamento da ortografia , pré-dicionário e gramática pedagógica;
- agradecemos a Deus pela proteção constante: nesta semana os kraho puseram fogo na mata atrás de nossa casa e se esta fosse de palha,h oje seriam cinzas;
-agradecemos ao Senhor pela nossa saúde, apesar do imenso calor que tem feito, à noite refresca bem;
- pela graça Dele amenizando a saudade dos filhos e genro;
- por sabedoria em todas as situações mais diversas ocorridas aqui.
Que Ele continue a abençoá-los a cada dia para que os povos indígenas tenham oportunidade em ouvir e conhecer este Deus que tem nos sustentado.

Nenhum comentário: